domingo, 29 de agosto de 2010

Breve comentário sobre os princípios da natureza humana


          Na manhã de uma segunda-feira, na Faculdade, durante o intervalo de aula, a maioria dos alunos estava fora da sala. Este jovem que vos escreve interessadamente terminava uma leitura sobre sociabilidade, contrato social, e as diferentes teorias que tentam explicar a razão pela qual o homem se relaciona com outros indivíduos, enfim. No outro lado da sala, oito ou sete pessoas em torno de um jogo de cartas, e de repente todas ao mesmo tempo sorriram por algum motivo. Interagiam entre si através de alguns breves e oportunos comentários, e pequenos cartões com símbolos. 

          Aquela reação em conjunto me soou tão natural, foi então que meu raciocínio se esclareceu e tomou como verdade os estudos de Aristóteles e Santo Tomás de Aquino, onde consideravam que o homem é naturalmente sociável, a própria natureza humana induz o indivíduo a associar-se com outros e a se organizarem. Ao contrário do que pensava Platão. Mas ao mesmo tempo também me veio o questionamento: O homem por sua natureza é um ser mau, como defende Thomas Hobbes, ou, um ser bom, como afirma Jean-Jacques Rousseau? Ainda não sei, nem tenho uma opinião precoce para apresentar, porém, entre as diversas divergências existentes na comparação entre as teorias desses dois filósofos, concordo com Rousseau quando este diz que o homem tem como natureza ser livre, e não anti-social como explica Hobbes.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Fantasmas da Consciência





 O Fantasma
"Sou o sonho de tua esperança,
  Tua febre que nunca descansa,
  O delírio que te há de matar!..."
(AZEVEDO, Álvares de. Lira dos Vinte Anos, 1853.)

         Existem fantasmas na minha e na sua consciência. Tristes e felizes, que nunca deixarão de te assombrar, não importa o arrependimento, as mudanças, nem mesmo o tempo. Todo homem que lutou, amou, machucou ou simplesmente foi feliz de verdade por algum momento, terá de conviver para sempre com a presença das consequências dos erros, das vitórias, da falta, do conhecimento de algo que te fez bem, mas que você não mais o tem. Novos fantasmas ainda virão, a questão é: quanto mais a sua cabeça poderá aguentar?